Vera Bonilha


Vera Bonilha

-Nasci em São Paulo, Brasil. Sou de família de descendentes Italianos e Portugueses, sou filha única e a caçula da minha família. Sempre morei numa cidade grande e urbana, São Paulo, mas passava todas as minhas férias no campo (interior de São Paulo) ou com minha avó que morava na praia. 
-Fui ao Cinema aos 9 anos nas férias de verão, e fiquei tão emocionada que pedia para ir diariamente ao cinema, ainda que aquela sala de cinema estivesse passando sempre o mesmo filme. Mais tarde aos 17 anos fui assistir a uma aula de teatro de uma colega da escola e chegando no teatro onde aconteciam as aulas, o professor dela não me deixou assistir a aula sentada na plateia, mas me pediu para que eu ficasse em cima do palco como todos. A sensação que eu tenho é que nunca mais desci daquele palco.
-Tive uma adolescência e infância mais ligada à natureza, gostava de pegar onda quando estava na casa de minha avó na praia,  ou quando estava na fazenda de um tio, no interior de São Paulo passava grande parte do tempo com cavalos. Mas durante o ano escolar ficava na cidade. Nós não costumávamos ir ao teatro mas assistimos muito TV, então eu era ligada em programas de TV e alguns atores das telenovelas brasileiras
Posso citar alguns nomes que me marcaram como Lucille Ball, o programa “A Feiticeira”, atores da TV como Nathalia Timberg, Laura Cardoso, Eva Wilma, Beatriz Segall, Ary Fontoura, Lima Duarte, Raul Cortez…. 
Do cinema já gostava da Meryl Streep, Bette Davis, Maggie Smith, Kathy Bates, Jodie Foster, Charlie Chaplin, Anthony Hopkins, Daniel Day-Lewis, Marlon Brando…
Já no teatro posso citar Rubens Corrêa, Paulo Autran, Marco Nanini, Marília Pêra, Cleyde Yáconis, Fernanda Montenegro….
Na dança gostava muito da coreógrafa e bailarina alemã, Pina Bausch. Eu vi todos os trabalhos dela que vieram ao Brasil.  E na performance a artista sérvia Marina Abramovic.
-Estudo, observação e autoconhecimento é fundamental para um artista, e é eterno! 
Nós nunca podemos parar de fazer cursos, se aperfeiçoar, aprender técnicas e estar se reciclando. Ler, observar, ouvir o outro é fundamental. 
-Não me considero uma estrela e sim uma operária da arte. Amo o que eu faço e meu desejo é sempre me comunicar, tocar o outro. Como comunicadora, quanto mais pessoas eu atinjo, melhor. Então fazer um trabalho que ultrapasse as fronteiras do meu país e da minha língua seria maravilhoso porque eu atingiria mais gente….. mas estrelato mundial não é meu foco.
-Em relação à igualdade de gênero No entanto, temos em geral, pelo menos aqui no Brasil, mais personagens masculinos do que personagens femininos, e existem mais mulheres no mercado de trabalho do que homens, então a concorrência entre as mulheres é maior que entre os homens. 
-No Brasil, nós não temos uma indústria de entretenimento como nos Estados Unidos, então muitos artistas, especialmente aqueles que não têm um contrato ou uma notoriedade acabam tendo outras profissões e fazendo outros trabalhos para conseguir se sustentar. 
No teatro se ganha muito pouco e as peças ficam em cartaz cada vez menos tempo, mas existe o teatro de grupo que é muito forte em São Paulo, por exemplo. 
No cinema as produções são geralmente de baixo orçamento e não tem muitas acontecendo, já na TV se ganha melhor porque o brasileiro gosta muito de assistir as novelas, mas é difícil entrar. 
Agora estão se produzindo mais séries e o mercado está aberto à atores desconhecidos, o que aumenta a quantidade de trabalho.
Mas eu ainda sinto que temos muitos cursos que formam e colocam anualmente um grande número de atores no mercado de trabalho, no entanto o mercado infelizmente não comporta todo esse volume. 
-Eu sou muito aberta a conhecer pessoas novas e trabalhar com gente diferente. 
No teatro geralmente as pessoas se conhecem então acontecem indicações e a vontade de se trabalhar com algum profissional. 
Já como dubladora e locutora estou sempre fazendo contatos/network. 
Na área de Audiovisual, eu tenho uma agência que me representa e acaba filtrando os trabalhos que chegam à mim, mas também estou sempre prospectando, fazendo novos contatos e atualizando meu material, fotos, vídeos e release.
-Atualmente trabalho como Dubladora quase todos os dias dublando séries, desenhos animados, filmes, reality shows, novelas de outros países e games. Trabalho também como locutora e gravou em meu Home Studio. 
Em Março, filmou uma participação em um Longa-metragem brasileiro chamado  “Raquel 1,1”, em Abril começo a ensaiar a peça “Volpone” de Ben Jonson, com estreia prevista para Junho de 2020. 
E estou sempre aberta à novos trabalhos e desafios. 
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