Magda (Nour Alkamar) Ribeiro



Magda (Nour Alkamar) Ribeiro


-Grande parte da minha família essencialmente materna era ligada ao mundo artístico seja através de pintura, desenho, poesia, música. Desde tenra idade que o meio artístico foi algo que, sempre me deu um gosto enorme. Apesar de não ter tido a oportunidade de contacto com familiares ligados às artes, primeiramente o desenho foi sem dúvida algo que esteve comigo diariamente até aos meus 10 anos e alguma expressão pelo movimento… a partir dos meus 12 anos tive um passeio por uma feira medieval, e aí, sim, a minha ligação a dança e vontade que fizesse inteiramente parte da minha vida traçou se nesse momento. Mais tarde tudo o que era desempenho fascinava-me, fazia-me querer mais e querer explorar diversas áreas ligadas ao movimento.
-Em concreto, não me recordo de ter tido modelos de referência, durante a minha infância ou adolescência. Provavelmente, se considerar o início da minha aprendizagem, poderei referir a minha primeira professora de dança com cariz profissionalizante como um modelo, um pouco mais tarde, um grupo obteve a minha especial atenção, no entanto, só uns anos depois é que tive conhecimento que o trabalho destes se enquadrava nas artes circenses, porem na altura apesar de muito desejar conseguir efetuar os desempenhos que eles apresentavam, não fazia a mínima ideia se e como seria possível eu ter acesso aquele aprendizado.
Mais tarde as minhas referências eram temas que eu ia a explorar sem me cingir a um artista em específico, ou seja, movimento livre e acrobático, diversos estilos de dança, o corpo, circo e pinturas antigas.

-Para mim, penso que o estudo e aprendizagem fazem parte da vida de qualquer ser humano seja qual for a área ou, seja inconsciente ou consciente, tudo depende de como utilizamos.
Estar numa constante conseguir de aprendizagem e estudo, seja para melhoramento, expansão ou criação, é sem dúvida um grande pilar no meu trajeto.
Acho que é muito bom saber o que queremos ou onde queremos ir para aí saberemos donde ir “beber” o conhecimento, apesar de que, se por vezes buscarmos fontes que nada têm a ver com o nosso objetivo, podemos conseguir/atingir uma abertura e expansão ainda maiores.
-Só o simples fato de trabalhar na área que escolhi já sem duvida alguma muito satisfatório.
O estrelato mundial não tem sido uma meta, o meu objetivo passa mais por a minha realização interior. Quererei sim, poder ter a possibilidade de proporcionar-me mais desafios e inserção em outras áreas performativas.
Magda (Nour Alkamar) Ribeiro
-Na minha experiência, os desafios que tenho enfrentado não passam pelo tipo de sexo mas pelas escolhas que tomo, objetivos que escolho para o meu percurso.Infelizmente penso que nesta fase e dada a conjetura mundial, não há muito a dizer.
Para a minha coreografia, procuro por tema| palavras| pesquisas| imagens| som| ambiente são fontes para que surja uma inspiração para a criação de uma coreografia. Sinceramente tenho um trabalho bastante mental antes de passar para o corpo na sua grande maioria, primeiro há uma fermentação de ideias que depois leva à experimentação das mesmas. Em trabalho a solo, não acho que crie coreografias, mas sim uma linhagem de onde quero ir (introdução, desenvolvimento e conclusão). Eu começo novos trabalhos com muita satisfação, tentando com que, tanto eu como a entidade contratante fiquemos satisfeitos e agradados com o produto final.  
-Atualmente, não tenho projetos a serem realizados. Para já estou à procura de mais informação/aprendizado em áreas que ainda não tinha tido oportunidade de aprofundar com os quais, a médio/longo prazo, pretendo fazer uma fusão dos conhecimentos que tenho absorvido e que irei absorver. Em paralelo, e no que diz respeito ao meio medieval, tenho um projeto a solo, totalmente independente, onde será englobada a dança do médio oriente e as artes circenses, o qual equaciono dar-lhe vida no futuro
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